Objetivos

Em resumo, nesta segunda fase do GT Mesh os objetivos principais são ampliar o serviço de acesso banda larga sem fio já instalado nas proximidades da UFF, investigando o uso de múltiplos gateways para acesso à Internet, instalar dois outros novos projetos piloto de rede mesh de acesso universitário faixa larga sem fio nas regiões norte e sul do país, nas proximidades das instituições UFPA, UTFPR e PUC-PR, refinar o protótipo de roteador mesh desenvolvido na primeira fase do GT e as ferramentas de gerência da rede mesh, implantar serviços sobre a rede mesh, tais como telefonia IP, e oferecer provisão de QoS no protótipo do roteador mesh. A implantação de pilotos do GT-Mesh nas comunidades de Belém (UFPA) e Curitiba (UTFPR e PUC-PR) serão fundamentais para a ampliação do uso do protótipo desenvolvido, refinamento das ferramentas de gerência da rede e oferecimento de novos serviços sobre a rede mesh. A estabilidade do protótipo, seu bom desempenho, sua comprovada utilização, a satisfação dos usuários, o baixo custo e a repercussão positiva do projeto são fatores que indicam seu alto potencial para suporte a um serviço de conectividade banda larga sem fio a ser oferecido pela RNP à comunidade acadêmica de diversas instituições brasileiras.

Justificativa

O GT Mesh desenvolveu um protótipo de roteador mesh sem fio e já implantou um primeiro projeto piloto de rede de acesso banda larga utilizando o protótipo desenvolvido nas proximidades do campus Praia Vermelha da UFF em Niterói, RJ. O GT demonstrou a viabilidade do uso de redes mesh para construção de redes de acesso banda larga de baixo custo, sendo a primeira experiência universitária brasileira bem sucedida na construção de redes mesh. A rede de acesso universitária da UFF está em operação desde o final de março de 2006 e desde abril de 2006, a rede mesh externa já foi usada para a transferência de 300GB de informação mostrando-se bastante estável e atendendo às expectativas dos usuários.

Um aspecto importante que diferencia o protótipo construído pelo GT Mesh das outras soluções comerciais é o custo de cada roteador mesh. Nas soluções de grandes fabricantes, como a Cisco, por exemplo, um roteador mesh custa alguns milhares de dólares, enquanto que cada ponto mesh instalado pelo GT tem um custo de menos de R$ 1.000,00. Por isso, além do aspecto científico e tecnológico, este projeto se enquadra perfeitamente como solução de acesso visando à inclusão social e digital em universidades brasileiras e outras comunidades. Desta forma, o seu potencial para utilização por outras instituições e POPs da RNP é bastante expressivo. A realidade brasileira mostra que grande parte dos usuários da comunidade universitária e das instituições de ensino em geral não possui condições de arcar com os altos custos de uma conexão faixa larga tradicional do tipo ADSL ou cabo. O desenvolvimento e implantação de redes de acesso faixa larga sem fio do tipo mesh em POPs e instituições ligadas à RNP é portanto uma alternativa de acesso de baixo custo altamente desejável.

Outro potencial de redes mesh, além da implantação de redes universitárias de acesso à Internet é a construção de cidades digitais, que são cidades que oferecem conectividade a todos os seus cidadãos. Durante todo o ano de desenvolvimento do projeto, o GT teve ampla repercussão na mídia e despertou o interesse de várias empresas, prefeituras e outras universidades para uso do protótipo desenvolvido. Esse interesse da comunidade demonstra a necessidade atual de soluções de acesso não tradicionais e de baixo custo, reforçando o potencial de utilização do protótipo em outras instituições e localidades brasileiras.

Equipe

Pesquisadores:

Profa. Anelise Munaretto Fonseca (UTFPR)
Prof. Antônio Jorge Gomes Abelém (UFPA)
Prof. Célio Vinicius Neves de Albuquerque (UFF)
Profa. Débora Christina Muchaluat Saade (UFF)
Prof. Luiz Cláudio Schara Magalhães (UFF)
Prof. Mauro Sergio Pereira Fonseca (PUC-PR)